Nesse post vai explicar um pouco da história das Fontes mais famosas do Mundo Designer, “na minha opinião” Helvetica e Arial.

Helvetica
A Helvetica é uma fonte sem serifas desenvolvida em 1957. O nome Helvetica é uma referência ao nome da Suíça em latim, pois esta é a pátria de seu autor (Max Miedinger) e também do Estilo Suiço, nome alternativo do Estilo Tipográfico Internacional, do qual a Helvetica é representante.


Trata-se de uma das famílias de tipos mais populares no mundo contemporâneo, sendo representada nos logotipos de empresas como 3M, AGFA, BASF, American Airlines, BMW, Lufthansa, Microsoft, Mitsubishi Electric, Nestlé, Panasonic, Parmalat, Saab, Samsung, Seagate, Target e Texaco, bem como nos mais variados produtos – Se você tem os jogos Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty ou Metal Gear Solid 3: Snake Eater, confira os seus logos: a Helvetica estará lá.
Criada para ser uma alternativa à então popular Akzidenz Grotesk (nascida em 1896), a Helvetica alcançou o sucesso rapidamente, e no começo dos anos 80 passou a ser uma das 4 fontes incluídas junto aos interpretadores Postscript originais (em todas as impressoras laser “clássicas” e de primeira linha), bem como ser por default no Mac OS, por exemplo – porque a Apple não viu nenhum problema em obter (e pagar) a licença para isto.

Arial
A mais popular das fontes sem serifa no mundo Windows, a Arial foi projetada pela Monotype em 1982 a partir da própria Grotesk (compartilhando as raízes da Helvetica, portanto), mas tomando cuidados especiais para ter exatamente as mesmas proporções e peso da bem-sucedida Helvetica, para que documentos feitos para uso da Helvetica pudessem ser impressos ou visualizados com a Arial sem maiores alterações.

É como um clone, embora seja possível diferenciar as duas por pequenos detalhes, como a presença ou não de uma pequena cauda no A minúsculo – algo simples e trivial para os versados nestas artes, mas muito além da percepção do dia-a-dia da maioria dos usuários de computador – a não ser quando eles recebem uma amostra de cada uma das duas fontes, em tamanho 72, e a instrução clara de que devem procurar diferenças.
Este tipo de “clonagem” não era incomum na época. Outros fabricantes tinham seus próprios clones da Helvetica, com nomes como Triumvirate, Helios, Megaron ou Newton – e muitos deles eram cópias fiéis da Helvetica original, e não apenas redesigns criados para ser substitutos intercambiáveis.

Mas quando a Microsoft adotou definitivamente o padrão TrueType (no Windows 3.1), ela não seguiu a trilha da Apple, e preferiu adquirir o direito de distribuir a mais barata Arial, do que a original Helvetica. Certamente ela sabia que a maioria dos usuários não perceberia a diferença. Hoje o clone se tornou muito mais conhecido, e certamente há pessoas que, ao conhecer a Helvetica, invertem o sinal e acreditam que ela seja parecida com a Arial.

Assista o trailer sobre a Helvetica

Referência: Efetividade

César Ribeiro
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